Resenha "Eles eram muitos cavalos"

“Eles eram muitos cavalos”, de Luiz Ruffato, é o um livro que tenta nos apresentar uma perspectiva de leitura diferente, por assim dizer, o mesmo nos apresenta várias histórias soltas ao ar, que pode nos conceder impressão de que estamos perdidos, com essa perspectiva nosso espaço para interpretar o livro vai se limitando, já que nem ao menos conseguimos ver um enredo único.
Analisando o livro mais profundamente podemos perceber uma crítica à sociedade, evolvendo vários temas como: drogas, crimes, corrupção, orgias, falsas felicidades, entre outros. Cada tema sendo retratado em uma história diferente, sem nenhuma ligação entre elas.
Outro ponto que merece nossa atenção no livro são os finais de cada história, eles se diferem entre finais trágicos, finais que mostram a verdade que a sociedade tenta esconder e finais abertos – algo que pretendia deixar os leitores boquiabertos tentando imaginar o que realmente aconteceu no final, o que está subentendido.Com tudo isso podemos caracterizar o livro como algo pretencioso ao extremo e junto à isso uma obra capaz de manchar a imagem do Realismo brasileiro.
Mesmo que a intenção do autor seja nos mostrar que a sociedade está morta por dentro e que a maior cidade do país é um lugar onde o caos reina nós somos, o livro inteiro, bombardeados com diversas histórias diferentes sem ligação entre elas, algumas que não podemos nem chamar de histórias.
Ainda que o livro tenha uma boa mensagem à passar ela foi executado de forma ruim, mas logicamente o livro tem seus pontos positivos como os diferentes tipos de enredos, como um livro de “contos inacabados”. Por essas razões apresentadas podemos classificar o livro como algo para se ler quando não tiver nenhuma outra opção de leitura em sua lista.