Resenha do texto do livro de Manoelito de Ornelas

Resenha do texto “As lendas e superstições de origem árabe” do livro Gaúchos e
Beduínos de Manoelito de Ornellas

Pág. 172: “O território do Rio Grande, nas vastas zonas onde o espanholdefendia a ban-deira de seus reis, foi talvez o primeiro a receber a marca hispano-arábica”.

Pág. 172: “Convém invocar – escreve Simões Lopes Neto – que o primeiro povoamento branco do Rio Grande do Sul foi Espanhol: seu poder de influência estenderam-se até depois da conquista das missões; provém disso as velhas lendas rio-grandenses acham tramadas no acervo platino e antanho”.

Pág. 172: “Vem da Ibérica, a topar-se com a ingênua e confusa tradição guaranítica, a mescla cristã-árabe de abusões e misticismo [...] desses elementos confundidos e abru-mados nasceram idealizações novas e típicas, adaptadas ou decorrentes do meio físico e das gentes ainda na crassa infância das concepções”

Pág. 173: “Mas a lenda, na América, na Espanha, como em Portugal, em nenhum momento foi mais característica levantina, mais oriental, que na versão rio-grandense”.

Pág. 173: “E porque os homens vieram da Cisplatina, a que se ligavam em comum o pampa do Rio Grande, eram quase todos moçárabes, em cuja imaginação mais acentuada permanecera a tradição oriental, o Rio Grande, como nenhuma outra terra, conservou mais pura, mais colorida e mais movimentada a lenda da Salamanca”.

Pág. 174: “Não é estranho que se atribuísse à sorte e à fortuna no versátil Bento
Manuel, da Revolução Farroupilha, aos favores da Salamanca de Jarau”.

Pág. 174: “E quando a Salamanca explode em convulsões por entre fumo e chamas, já sabem o homem dos campos ou das montanhas que é a mãe-do-ouro que se transladara para outras latitudes da terra. Esse pensamento é mais constante nas zonas vulcânicas da América onde o indígena explica os abalos sísmicos pelo sobrenatural”. Pág. 176: “A superstição do árabe deixou na Espanha uma série de crendices [...]. Se é verdade que não há povo, na face da terra, que não tenha seus duendes e