Resenha do Padua

José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em Santos no dia 13 de Junho de 1763. Naturalista, poeta e estadista brasileiro, era intelectualmente diferenciado para sua época, ficou conhecido como Patriarca da Independência, por ter participado diretamente do processo de separação do futuro Estado brasileiro de sua metrópole Portugal, se tornando uma das principais mentes influenciadora nesse processo. Assim como quase todas as pessoas com status quo de seu tempo, Bonifácio também era maçom.

O texto que pretende aqui ser analisado foi escrito em 1823 para a Assembléia Constituinte que se reunia para criar a primeira constituição da nova nação. Tal constituição não existiu e uma foi outorgada em 1824, sem ter sido passada pela Assembléia, pois os conflitos de interesses envolvendo as diferentes partes da elite da nova nação que estava se formando, pareciam impossíveis de solucionarem. José Bonifácio, escreve esse texto juntou com os outros representantes de São Paulo para ser parte integrante da nova Constituição, mas por ir contra as idéias de boa parte da elite que apoiava o futuro imperador e do próprio, tal texto culminou com a deportação de Bonifácio e seus. “Representação à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil Sobre a Escravatura”, mostra o quão diferenciado era Bonifácio enquanto intelectual para sua época e a partir daqui pretendo analisar tal texto.
Bonifácio abordar dois pontos que segundo ele possuem uma grande importância para o futuro do novo país que esta se formando: Abolição e Civilização. Mas ao abordar tais tema, Bonifácio nos mostra a sua visão sobre a sociedade de sua época. Logo nos primeiros parágrafos ele chama atenção para mostrar que o futuro país possui uma heterogeneidade muito forte e é desunido e culpa a antiga metrópole por tal fato para que pudesse “melhor nos escravizar”. Para tornar essa nação mais homogênea era necessário acabar com a escravidão: “É tempo pois, e mais que tempo, que acabemos com um