resenha do livro A revolução dos bichos

RESENHA: A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Escrito por George Orwell e publicado pela primeira vez em 1945, logo após o período delicado da 2ª grande guerra mundial, A “Revolução dos Bichos” trouxe um tema tão polemico que ainda hoje pode ser usado para reflexão sobre o poder que uns exercem enquanto muitos são oprimidos no processo. Nesta fabula rural, como seu próprio autor a intitulava por vezes, era narrada a historia dos bichos da Granja do Solar, que em busca de liberdade e melhores condições de vida, acabariam por se unir em uma revolução contra seus donos humanos. De maneira satírica, critica e obviamente figurativa sobre os excessos dos poderosos, construiu um enredo onde esta sociedade era representada por bichos, tais como vacas, ovelhas, cavalos e jumentos, deixando para os porcos o papel dos líderes. Logicamente este livro fora usado como critica severa por minorias reprimidas contra as diversas ditaduras pelas quais os europeus passaram, mesmo que o intuito original fosse retratar especificamente o quanto a ditadura Russa havia se distanciado dos verdadeiros ideais socialistas, acabando por se transformar em um regime cruel e desigual tal qual qualquer outro regime totalitário. No livro, os animais da Granja do Solar haviam sido direcionados a um proposito comum após o sonho de um dos seus, que em um discurso ilustrara o como suas vidas poderiam mudar caso lutassem para obter uma vida mais digna que a oferecida pelos humanos, que os escravizavam e enriqueciam com a força do trabalho animal. Este sonho gerou uma fagulha que se transformou em uma revolução, expulsando da Granja seus algozes tão logo se deram conta de que detinham força e talento natural para cuidar da terra melhor que os beberrões e desleixados homens. Fazendo uma clara comparação ao Socialismo na Rússia, os bichos acabaram criando seu próprio estatuto, que com o tempo veio a ser chamado de Animalismo. As funções seriam ocupadas por aqueles que detinham capacidade natural para cada uma