resenha do livro chico mendes: crime e castigo

Em 1989, o jornalista Zuenir Ventura foi ao Acre para cobrir a repercussão da morte do seringueiro e ativista ambiental brasileiro Chico Mendes. Ele Investigou como o homicídio de um simples acreano chamou a atenção de tantas pessoas no mundo. Por meio dessa apuração, Ventura escreveu uma série de reportagens que mais tarde se tornou um livro. A obra é composta por três partes - O Crime, O Castigo e Quinze Anos Depois - e explica como a justiça atuou nesse momento tão peculiar.
O objetivo principal de Ventura foi impedir o esquecimento do personagem que representou o povo da floresta. Um homem que até os 20 anos era analfabeto e conquistou o povo e o mundo pela sua luta, até então pouco observada no Brasil. O jornalista explica que as reportagens ensinaram-no inúmeras coisas e que o grande segredo da profissão é uma eterna atividade de conhecimentos e experiências.
O ápice do livro é a primeira parte, nomeada "O Crime", na qual o autor explica em detalhes os momentos finais de Chico Mendes na noite de seu assassinato. Ventura transmite toda a aflição que o seringueiro sentiu em seus últimos dias de vida. Chico sabia que seria morto por seus oponentes políticos - madeireiros e latifundiários da região. Alguns momentos antes do crime acontecer, o líder ecologista conversa com sua filha, pedindo para ela não chorar por sua já esperada morte.
Outra importante situação do livro é a descrição de Genésio Ferreira, com 13 anos na época do homicídio. O garoto morava na fazenda dos assassinos de Chico Mendes e foi uma das principais testemunhas na condenação dos culpados - Darly Alves da Silva e seu filho, Darci Alves Pereira. É feito uma investigação mais aprofundada sobre a vida de Genésio e ele conta como foi criado para ser pistoleiro e como presenciava vários casos de violência na fazenda.
A segunda parte, chamada "O Castigo", mostra os relatos de Zuenir Ventura ao acompanhar o julgamento dos réus. O livro apresenta as entrevistas feitas com os assassinos,