Resenha Do Filme

Resenha do filme: Hellen Keller e o milagre de Anne Sullivan

Hellen Keller e o milagre de Anne Sullivan é um belíssimo drama que traz situações ímpares do cotidiano e um fato real de aprendizagem e comprometimento por parte de professores e educadores, colocando em prática o que Paulo Freire já pregava: o desafio de ensinar aprendendo. O filme retrata a história de vida de Helen Keller, garota cega e surda, filha de grandes proprietários de terras. Ela não conhecia o mundo nem sabia como interpretar sua própria realidade. Com um comportamento agressivo e indisciplinado, Helen tinha características de um animal selvagem, pois não conseguia se comunicar, era capaz apenas de chutar, morder e cuspir. Foi o desespero, o limite diante dos espetáculos grotescos da criança que favoreceu a descoberta de Anne Sullivan, a professora de métodos pouco convencionais, que surge para disciplinar, domesticar e educar a menina. Ao se deparar com Helen, Anne Sullivan entende que ali reside o maior desafio de sua vida: explicar a uma menina cega e surda como viver e como compreender o mundo. No entanto, antes de tudo, Anne se depara com um outro grande confronto: disciplinar a família da garota. Diante do comportamento nada saudável de Hellen, seus pais não eram capazes de impor determinados limites a ela, limites que devem ser impostos a qualquer criança, independente de seus problemas físicos e psicológicos. Hellen se sentia frustrada e fragilizada e o despreparo dos pais para lidar com as emoções da menina era visível. Ela era vista como “coitadinha” e a professora iniciou um trabalho na tentativa de explorar o que ela havia de melhor. Investiu na sua capacidade de enfrentar as dores e as derrotas. O rótulo de “coitadinha” foi substituído pela aceitação dos seus próprios limites. Dessa forma flui o filme. Através do tato, Anne conseguiu criar um método de comunicação entre elas. O tato era uma espécie de alfabetização e serviria como meio de comunicação, fazendo com que Anne