Resenha do filme: A Missão, Dir.Roland Joffé.

Resenha do filme: A Missão, Dir.Roland Joffé.

O filme “A Missão” relata os interesses colonialistas dos países que estavam em expansão marítima (Portugal e Espanha), sobre a dominação e exploração em terras americanas.
Nele se destaca o papel dos jesuítas que em terras portuguesas eram influência estrangeira (eram espanhóis), e não estavam de acordo com as determinações da corte, sobre as questões indígenas e territoriais. Os jesuítas procuravam o controle espiritual e temporal sobre as populações nativas.
Embora tivessem como objetivo a difusão da fé e a conversão dos nativos, as missões acabaram como mais um instrumento do colonialismo, onde em troca do apoio político da Igreja, o Estado se responsabilizava pelo envio e manutenção dos missionários, pela construção das igrejas, além da proteção dos cristãos.
O filme tem como pano de fundo a questão do tratado de Madrid de 1750 que buscava redefinir os territórios espanhóis e portugueses visando corrigir o já obsoleto “Tratado de Tordesilhas”. O tratado tinha como objetivo valorizar a divisão natural (rios, cachoeiras, montanhas) e a livre navegação e segurança dos locais de comércio. Na América do Sul o movimento missionário enfrentou problemas, em áreas de litígio entre o colonialismo espanhol e português. No sul do Brasil, a população indígena dos Sete Povos das Missões, foi submetida ao tratado. Por ele ficava estabelecida à transferência dos nativos (guaranis) do local onde estavam a gerações. A decisão foi tomada em comum acordo entre Portugal, Espanha e a própria Igreja. Os jesuítas ficaram numa situação delicada, pois se apoiassem os indígenas seriam considerados rebeldes, e se contrário, perderiam a confiança deles. Alguns permaneceram ao lado da coroa, mas outros deram total apoio aos índios, organizando a resistência desses nativos à ocupação de suas terras e à escravização.
A recusa dos índios em abandonar suas terras, cedidas a Portugal, deu origem a um verdadeiro massacre dos nativos e