Resenha Do Filme Segunda Feira Ao Sol

ANÁLISE FÍLMICA
SEGUNDA FEIRA AO SOL

DIREÇÃO: FERNANDO LEON ARANOA
ANO: 2002
PAÍS; ESPANHA
DURAÇÃO: 113 MINUTOS

O filme "Segunda feira ao sol", narra a história de um grupo de amigos (Santa, José, Lino e Amador), ex-operários de uma industria naval, o estaleiro Aurora, situada numa pequena cidade da Espanha, vítimas do processo de desemprego em massa e de longa duração ocorrido em algumas partes do mundo.
Observa-se com muita clareza, os impasses sofridos por estes homens nas suas rotinas diárias, onde todos eles de uma forma subjetiva, particular, como também social, sofrem as consequências oriundas da falta de perspectiva de um novo emprego e da ausência concreta do dinheiro. Percebe-se durante toda a trama o drama partilhado pelos atores e relatados com muita propriedade num bar local: Naval. Lá, suas mágoas e frustrações são expostas de uma maneira toda particular, permitindo que percebamos e conheçamos a história de vida de cada um. O filme descreve todo o contexto social na qual os atores estão inseridos, que no caso corresponde ao processo de reestruturação produtiva, onde as relações de trabalho sofrem alterações e o índice de desemprego estrutural é elevado. Pois com o advir da Revolução Industrial, com o avanço da tecnologia, exige-se cada vez mais qualificação e preparo dos trabalhadores para a adaptação á esse novo estilo de sociedade, que dita as regras e exclui da competitividade do mercado de trabalho homens mais velhos onde limitam-se até a idade para se conseguir um emprego.
O filme nos mostra também que dentro da lógica da reestruturação produtiva, o processo de globalização e privatização são condições inerentes do modelo liberal, na qual o mercado regula as relações econômicas e produtivas, precarizando cada vez mais os poucos postos de trabalho que resistem a esse processo. Essa globalização dos mercados impõe novas mudanças nas organizações, afim de que estas consigam sobreviver diante do mundo confuso que surge no cenário atual. A cena que