Resenha do filme escola da desordem ou tearchers

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O filme “Teachers”, traduzido no Brasil como “Escola da Desordem” provoca duas observações iniciais:
a) o titulo original (Teachers) satiriza alguns estilos de ser professor: o professor autoritário, o sem-autoridade, o maluco-beleza, o professor “outsider”. O personagem principal do filme, Jurel (Nick Nolte), se situa fora do grupo convencional, pela sua irreverência e ousadia);
b) o filme enfoca uma escola em desordem, não só pelo ambiente tumultuado, barulhento, uma secretaria que parece uma delegacia de polícia, como também porque sustenta um diretor omisso, 10% de professores faltosos por dia e sem substitutos, uma psicóloga desequilibrada, enfim, a “Escola Pública JFK” que já foi uma ótima escola, perdeu o seu foco eminentemente ensinante.
Em vez de os professores, gestores e sindicalistas corrigirem a desordem desta escola, eles se preocupam com a possibilidade de ela virar má notícia na mídia. “O que acontece nessa escola não pode virar notícia”, alerta uma burocrata da secretaria de educação do governo responsável pelo monitoramento da escola.
A primeira vista parece que a escola tem uma secretária eficiente, mas por telefone ela autoriza um professor inabilitado ensinar. Também a suposta eficiência do diretor adjunto, Roger, termina revelando seu interesse mais político do que pedagógico. No final do filme, Roger revela mais ocupado com o jogo de interesses político e sindical. O aparente absurdo de um aluno processar judicialmente a escola porque ele se formou sem saber ler e escrever funciona como alerta para todas as escolas que efetivamente não ensinam.
Desde que foi lançado, no Brasil, em 1985, “Escola da desordem” passou a ser referência nas conversas e debates sobre os efeitos negativos da “progressão continuada” implantada no estado de São Paulo, por Rose Neubauer[1]. Esse sistema foi difundido na prática como “aprovação automática”, visto não funcionar como programa de recuperação dos alunos que não alcançaram grau de aprovação.
Embora o

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