Resenha do capítulo v da obra casa grande & senzala - gilberto freire

3063 palavras 13 páginas
Gilberto Freyre inicia o capítulo V descrevendo um aspecto peculiar e concomitantemente impressionante de nossa sociedade no século XIX. “Seus trajos, os de homens feitos. Seus ócios, os de homens. Sua preocupação, sifilizarem-se o breve possível”. Este era o perfil dos meninos da época, o qual chocou todos os viajantes que aqui aportaram, haja vista que, na Europa e América do Norte, o mesmo era completamente diferente, pois as crianças portavam-se como tal. E foi neste Brasil quase sem meninos que muitos estudiosos estiveram observando os costumes do povo brasileiro, notando assim a falta de alegria daqueles que de repente viram-se privados de sua infância e tornando-se jovens apáticos, diferentemente dos moleques das senzalas. Os colégios jesuítas, seminários e os colégios de padres nos primeiros dois séculos de colonização, foram os principais focos da irradiação de cultura e de formação intelectual no Brasil, a qual era iniciada desde muito cedo. Aprender a ler e escrever com vigários, párocos, frades, era algo terrível e abominante. Muitos deles eram carrascos e possuíam formas bruscas de repressão aos alunos, por outro lado, os professores negros eram flexíveis e dotados de arte, faziam parte de corais de capela, eram palhaços e participavam de atrações nos circos e bumbas meu boi nos engenhos. Frutuoso Pinto da Silva relata no ensaio de 1864, os problemas gerados por comportamentos de devassos de religiosos, são relatados de forma descritiva: perversidades, lassidão pederastia. Ele cita as doenças que eram frequentemente adquiridas por meninos, como por exemplo: sífilis e gonorreia.
Era algo comum nos antigos colégios, que se fizessem vista grossa a excessos, turbulências e perversidades contra os meninos, o que permitia o abuso criminoso da fragilidade infantil, pois os padres molestavam e mantinham relações sexuais com as crianças. Criou-se, então, uma tendência geral para o sadismo, ou seja, o prazer em ver o sofrimento alheio, sendo esta,

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