Resenha do capítulo “Algumas considerações sobre a arte de ‘interpretar’ um texto teatral”, de Martha Ribeiro, para o livro “Metodologias em Pesquisas de Artes Cênicas”

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Resenha do capítulo “Algumas considerações sobre a arte de ‘interpretar’ um texto teatral”, de Martha Ribeiro, para o livro “Metodologias em
Pesquisas de Artes Cênicas”

A autora começa o capítulo analisando os conceitos de texto aberto, dizendo que para pensar na dramaturgia como obra a ser concluída, deveríamos quebrar os paradigmas de texto enquanto obra fechada. Para embasar seu argumento, analisa Humberto Eco, em Obra Aberta.
Nessa obra, Eco aborda o fato da obra de arte ser naturalmente ambígua, e portanto, impossível de se fechar em um parâmetro. Ribeiro usa esse argumento como base, sabendo que quando este livro foi escrito, o mundo passava pela efervescência da década de 60, onde qualquer tentativa de traçar um limite era falha.
Entretanto, no livro Os Limites da Interpretação, Eco diz que o texto impõe limites aos seus interpretes, e por mais que a obra seja livre, é necessário bom senso. É a partir dessa ideia que Ribeiro monta seu argumento.
Ribeiro diz, de acordo com Eco, que o texto, apesar de ser aberto, é restritivo em sua essência, pois a língua tem sua gramática, e por isso, não podem ser rompidas todas as barreiras. Eco diz “os limites da interpretação coincidem com os limites do texto”. Ele ainda diz “é impossível (ou pelo menos criticamente ilegítimo) fazer um texto dizer o que ele não diz”. Partindo desses princípios, é mais fácil escapar da interpretação à deriva.
Pensando em como deveria ser a interpretação sem o esbanjamento do texto, Ribeiro percebe que os atores muitas vezes lutam para representar alegoricamente aquilo que foi previamente preparado. Ribeiro não busca um leitor empírico, mas sim um leitor disposto a jogar com o texto.
A partir do momento que um texto é lido, o leitor deve querer jogar com ele, fazer mais do que apenas interpretá-lo, mas sim fazê-lo com arte. O leitor não deve impor seus desejos ao texto. O leitor ideal, para Eco, é aquele que é um colaborador do texto.
Ribeiro então pergunta “A

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