resenha de G.U.Y da Lady Gaga

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Lady Gaga nos leva até a Grécia para contar sobre a vida dela. Em mais uma investida completamente egocêntrica e narcisista, Gaga continua coesa por toda sua arte. Desde o primeiro single de The Fame até hoje, todas as músicas são sobre ela mesma. E é aí que mora a química entre música e intérprete: ninguém canta uma música da Gaga como ela mesma. Indiscutivelmente singular, mas arriscado.

Tão arriscado que fez com que ela caísse dos céus, como Ícaro que queria voar. Essa é a primeira mostra de sua bagagem grega. Flechada pela indústria, todos levaram e se aproveitaram do seu dinheiro. Os tais falsos amigos de quem ela havia reclamado há algumas semanas atrás, quando se deu o sumiço do clipe Do What You Want e o rompimento com seu empresário. Caída, machucada, traída, Gaga se arrasta e alcança a entrada de um Castelo. O tal de Hearst Castle. Aí sim, começa a grande viagem para o mundo mágico de sua mente brilhante. Como o cair da Alice no buraco, seguindo o coelho. Aqui Gaga cai dentro de sua própria mente.

Tudo que acontece ao seu redor é surreal e deslumbrante. Dançarinos a cortejam, dançam ora avulsos, ora em grupos, há pessoas correndo ao redor do vídeo, muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. Venus dá o som para este rito de passagem, que leva a Gaga de um estado para outro. Ela deixa claro nesta parte que toda sua excentricidade e singularidade são extremamente importantes para que a artista que há nela possa florescer. Assim que renovada, Gaga surge como uma grande deusa do Pop. Assim começa G.U.Y., e a fase final de sua viagem, em que ela se vinga da Indústria.

Mas aqui, não basta se vingar. Primeiro ela prova que sabe, pode e consegue fazer um trabalho como eles gostariam que ela fizesse. Por isso há cenas em que só haverá a beleza dela acontecendo, todo o resto em volta soa como um apetrecho barato. Ela se mostra linda, sexy e gostosa, como sua gravadora pediu para que ela fosse, segundo uma recente entrevista de Gagaloo. Tirando essas

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