Resenha de "A televisão no Brasil hoje: a multiplicidade da oferta"

A evolução da TV de ontem para o caminho percorrido pela TV de hoje
Resenha da pesquisa feita por BRITTOS em 1999

Em "A televisão no Brasil hoje: a multiplicidade da oferta", o professor do Centro de Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos e Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas Valério Cruz BRITTOS faz uma análise completa da evolução comercial e tecnológica da televisão brasileira desde o início dessa fase com a globalização até o final dos anos 90, com uma atenção maior e mais detalhada nesta mesma década.
A pesquisa de BRITTOS nos mostra como a TV se "comportou" e se transformou depois dos períodos descritos por Sérgio MATTOS (1990) e nos faz entender como ela chegou aos dias atuais. O autor aborda com muita riqueza nos detalhes temas como a entrada e a disseminação da TV por assinatura no país; a multiplicidade de escolhas que o telespectador passou a ter e as mudanças que isso causou nas maiores emissoras; além mudanças na programação, que por um lado os canais pagos ofertavam uma programação segmentada e "globalizada" (não necessariamente internacionais), por outro, os canais abertos abandonavam os "enlatados" e programas de menor apelo popular, como aqueles que transmitiam grandes peças teatrais e passavam a investir na programação "popularesca" com foco na grande parte da audiência que ainda não tinha acesso aos pacotes da TV "fechada". BRITTOS nos mostra que a briga entre redes abertas cresce ainda mais quando surgem outras emissoras, pequenas, mas em boa quantidade, o que trouxe ao telespectador quase uma overdose do que mais dava audiência: programas policiais e/ou de exploração dos problemas alheios de forma apelativa e sensacionalista disfarçados de prestação de serviços. Outro fato importante deste início da "guerra" por audiência narrado por Valério Cruz BRITTOS é a corrida da Rede Globo pelo avanço na qualidade da programação quando se viu ameaçada pelo SBT e Record, o que acarretou de alguma forma, numa