Resenha de Vidas Secas

864 palavras 4 páginas
Um olhar sobre o Sertão Graciliano Ramos (1892-1953), o maior representante do neorrealismo nordestino, um dos movimentos da 2º fase do modernismo, escreveu no ano de 1938 o livro Vidas Secas. Além do livro, foi lançado o filme baseado no romance homônimo, produzido pelo diretor Nelson Pereira dos Santos, em 1963. Graciliano Ramos era além de autor e jornalista, político. No ano de 1938, a situação da época é a do governo nacionalista, do estado novo, com o comando de Getúlio Vargas. Sendo esse período muito turbulento, o livro denuncia o abandono do sertão pelo estado. Também aborda os temas da seca, da miséria, bem como também as consequências da sociedade moderna para os nordestinos.

O romance envolve uma família de sertanejos - Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória e seus dois filhos, o menino mais novo e o menino mais velho. Cabe ressaltar que durante toda a história os meninos não recebem nomes próprios, revelando um processo de carência, falta de linguagem que a família foi submetida, bem como também representam todos os meninos que vivem sem rumo no sertão. Nada é dito ao leitor com relação à origem desta família, assim como não há informação sobre os lugares por onde eles passam. Da mesma forma, não se sabe o destino final deles. Outro fato curioso é que o autor não dá nenhuma localização temporal. Isso comprova que Vidas Secas é uma obra atemporal, clássica, jamais envelhecerá.

O primeiro capítulo, Mudança e o último, Fuga indicam um ciclo que nunca tem fim. Como os nordestinos tem a sina de mudar-se pelo pretexto da seca, acabam por fugir desse fenômeno e também em vista das dívidas que acumulam por ficarem em terras de outras pessoas. Aos demais onze capítulos, consegue-se compreender um sem necessidade de ler os outros, ou seja, tem começo, meio e fim. O formato do autor de escrever nos dá autonomia de ler o livro fora de sequência, de maneira independente.

É evidente a condição miserável dos personagens. Os nordestinos sofrem

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