Resenha de "Ilha das Flores"

A DEPRECIAÇÃO E A EXCLUSÃO SOCIAL NO CAPITALISMO

"A Ilha das Flores" é um filme de curta-metragem brasileiro, realizado com o apoio de Kodak do Brasil, Curt-Alex Laboratórios e Álamo Estúdios de Som, pertence ao gênero documentário, foi escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. O filme tem apenas treze minutos e alguns segundos de duração e fala sobre a evolução do ser humano em comparação com os animais, contraditoriamente expondo a depreciação da inteligência humana na sociedade capitalista. O tema principal da obra está na preocupação de mostrar a dura realidade do ser humano perante a política econômica vivenciada pelo ser humano desde a invenção do dinheiro, ou seja, o capital e a alta rotatividade de trabalho, lucro, consumo, uso e descarte da compra no lixo. O autor começa comparando o ser humano com os animais de forma científica. A diferenciação consiste, principalmente, em ter o ser humano o teleencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor desenvolvido, o que o faz pensar e poder manipulação com precisão. Quando menciona a essas características, aparecem imagens históricas quanto ao poder de destruição do homem, como a invenção da bomba atômica. Em se sabendo que nos dias atuais as pessoas trabalham cada vez mais, o autor demonstra o porquê disso. Com o surgimento do dinheiro, a partir do século III a.C., o ser humano acabou com o escambo e, por isso, desenvolveu-se a mentalidade capitalista: trabalhar muito para obter lucro com o que vende (pode ser a própria força de trabalho), ganhar mais dinheiro, consumir, usar e descartar mais e, logo após, direcionar tudo o que não serve mais ao lixo, tudo em um breve decurso de tempo, um dia, horas, minutos etc. O documentário retrata a dura realidade daqueles que vivem na Ilha das Flores, em Belém Novo, Porto Alegre, RS, um local destinado ao descarte de lixo. A menção da ideia de ilha relacionada à agua inodora e às