Resenha de filme abordando a questão do Direito

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÕNIA CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: PROCESSO PENAL IV

O EXORCISMO DE EMILY ROSE
Laís Reis Teixeira1

O objetivo deste trabalho é analisar a moral e o direito do filme O exorcismo de Emily Rose, do gênero terror/suspense/ drama, produzido no ano de 2005, dirigido por Scott Derrickson. Trata-se de um filme baseado em fatos reais e que conta a história da jovem Emily Rose, interpretada pela atriz Jennifer Carpenter, que durante uma noite em seu alojamento na faculdade foi possuída por demônio. A situação de Emily estava se agravando e ficar na faculdade só piorava, então retornou para casa e seus pais chamaram o Padre Richard Moore, interpretado por Tom Wilkinson, que tentou, com a autorização da igreja e o consentimento da família e da própria possuída, exorcizá-la, porém, sem êxito. Depois, Emily se recusou a fazer novos exorcismos, vindo a falecer tempo depois. Em razão da morte de Emily, o padre foi acusado de negligência e homicídio culposo, indo, então, a julgamento, sendo este o palco central do filme. Quem o defende é a advogada Erin Bruner (Laura Linney), que apesar de cética, tenta provar que Emily não estava doente, não precisava de tratamento médico, que o padre Moore fez tudo o que estava ao seu alcance e que esses fenômenos sobrenaturais existem sim. Enquanto isso, o Promotor (Cambell Scott) tenta provar que Emily sofria de epilepsia e psicose, e deveria ter continuado com o tratamento médico com Gambutrol ao invés de se submeter a um tratamento espiritual e essa prática resultou diretamente na morte da vítima. Primeiramente pontua-se que o caso, analisado sob a égide de um Estado Democrático de Direito, o padre agiu com a autorização da igreja, consentimento da família e da própria vítima para a realização do referido ritual e não se pode, neste ponto culpar a família por ter uma crença e muito menos questioná-la, a considerar o princípio da liberdade. Ocorre que dentro dos preceitos éticos