Resenha da obra "O Leão e a Jóia"

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais – CECEN
Curso: História
Disciplina: História da África
Prof: Tatiana Reis
Aluno: Cleison Vinicius Monteiro Lima

Resenha da obra “O leão e a joia”

São Luís
2013
Sobre o autor

Wole Soyinka nasceu em 13 de Julho de 1934 em Abeokuta, próximo a Ibadan, no oeste da Nigéria. Completou o seu doutorado na Universidade de Leeds em 1973. Se destacou no estudo de Teatro Africano, o que deu suporte à sua obra e fez com que ele viesse a produzir algo nesse sentido, valorizando a interação entre dança, música e ação. Escreve a partir da mitologia Iorubá, que é da região aonde nasceu. Produziu vários romances, peças satíricas, peças filosóficas e ensaios literários. Soyinka sempre criticou as ditaduras militares da Nigéria, o que fez com que algumas obras dele fossem proibidas de circular no seu país de origem. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1986.

O Leão e a Joia

Nessa obra, que marca a sua estreia no Brasil, Wole Soyinka narra a sucessão de fatos envolvendo um triângulo amoroso, formado pela jovem Sidi, o jovem Lakunle de 23 anos e o velho Baroka de 62 anos. Soyinka retrata Sidi como a África no contexto em que foi conquistada e no momento de reconstrução política. Lakunle, repleto de pensamentos ocidentais, é retratado como o conquistador, aquele que vê estranheza nas mínimas ações praticadas por Sidi e pelas pessoas da tribo. Apesar dessa divergência cultural, o jovem estava apaixonado pela bela e encantadora morena. Assim como Sidi despertava os mais profundos sentimentos em Lakunle, a África era a “menina dos olhos” dos europeus. A jovem representava a cultura e tradição africanas, que em contato com os ocidentais, havia adquirido conceitos e alterado significativamente a sua forma de pensar.
O Leão e a Joia é uma peça dividida em três momentos: manhã, tarde e noite. A obra começa exatamente com a divergência cultural que