Resenha da Introdução - História Da Arte (Ernest Gombrich)

Segundo Gombrich, algo que dificulta a apreciação de uma obra de arte, é o hábito comum do ser humano, de tentar determinar o "correto" e o "errado", baseado em seus gostos e influências pessoais. Um exemplo citado pelo autor do livro, é "Quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina, porque não gostamos de praticar alpinismo".

Outro fator que contribui para que não gostamos de uma obra de arte, é o fato de não as compreendermos. As obras de arte, vão muito além do literal que nossos olhos enxergam a primeira vista, pode haver muito sentimento e história, por de trás delas - assim como detalhes, muitas vezes, retratados por métodos de desenho únicos. Ao compreendermos isso, passamos a preferir obras menos óbvias, que deixam algo a ser advinhado. Desde quando a arte estava em seu periodo mais "primitivo', é possível notar a tentativa dos artistas menos habilidosos, de expressar seus sentimentos.

Porém, a facilidade de se compreender as obras, também causa agrado. Há quem prefira pinturas que reflitam a realidade, por não entenderem aquelas que retratam algo que não condiz com a realidade, tratando-as como se fossem obras "erradas". É necessário levar em consideração a razão do artista, de ter retratado algo de determinada forma, antes de apontar "falhas". As vezes, é um desejo do pintor, ver o mundo com outros olhos, representa-lo em outras cores e formas. Para admirar grandes obras, é necessário estár isento de preconceitos.

Para uma obra ser considerada "boa", não existem receitas ou regras. Porém, o bom artista deve ser meticuloso e saber equilibrar a harmonia da obra. Gombrich afirma que é impossível estabelecer regras para uma boa pintura, pois nunca se sabe o efeito que o artista pretende realizar - é pela falta de regras, que é difícil explicar com palavaras o que seria uma grande obra de arte. O conhecimento da história da arte, é util para entende-las, porém, faz com que alguns deixem de olhar e apreciar