Resenha Crítica - "A Sociedade Anárquica (BULL, 2002)" e "Handbook of Internacional Relations (CARLSNAES, 2002)"

1213 palavras 5 páginas
Universidade Federal de Uberlândia
Graduação em Relações Internacionais – 1º período
Introdução ao Estudo das Relações Internacionais
Prof.ª Isabela Gerbelli Garbin Ramanzini
Aluno: César Augusto de Oliveira – 11311RIT037

Referências:
BULL, Hedley. A Sociedade Anárquica. Brasília: UnB, 2002, cap. 7, p. 187-210.
CARLSNAES, Walter; RISSE, Thomas; SIMMONS, Beth A. (Eds.). Handbook of International Relations. London: Sage Publications, 2002, cap. 18, p. 350-368.

Bull vem, em sua obra, contextualizar e definir o papel da diplomacia e sua contribuição na ordem internacional. Com esta leitura, o autor procura levar os estudantes da ciência política a uma reflexão do que seria a melhor definição para a diplomacia no mundo contemporâneo. Este conceito tão usado em obras, artigos e debates acerca das Relações Internacionais é, de certa forma, polemizado pelo autor, que acredita haver, ainda hoje, usos defasados e por vezes indevidos do conceito. Para tanto, nos são apresentadas, primeiramente, três possíveis acepções para o termo diplomacia. A primeira delas seria a usualmente utilizada, significando a gestão conduzida por diplomatas oficiais, ou, como o próprio autor intitula mais adiante, ‘diplomatas profissionais’. Como outra possível definição temos a condução das relações entre os Estados de forma sutil. Finalmente, podemos enxergar a diplomacia como uma gestão das Relações Internacionais entre Estados e outras entidades da política mundial, por meios pacíficos com uso de agentes oficiais. Estas três definições confundem-se, em certo ponto, e é portanto importante frisar que Bull entende que existe uma diferença entre agentes oficiais e diplomatas profissionais. Ele percebe que esses ‘agentes oficiais’ não são necessariamente diplomatas de carreira, e procura mostrar que não é necessária, obrigatoriamente, a figura do ‘diplomata profissional’ para a manutenção de relações entre Estados. O autor tenta mostrar que é preciso aplicar o termo “diplomacia”

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