Resenha Crítica Watchmen - Guerra Fria

Watchmen: Os Super Heróis decidem a Guerra Fria1
Ao ser lançada, em meados dos anos 80, as doze edições de Watchmen mostraram que uma história em quadrinhos não precisava apenas do simples conflito entre heróis e vilões, e nem precisava ser feita apenas para crianças. Podia trazer mais, trazer uma crítica, uma visão diferente dos acontecimentos. O filme é preciso, e te leva para um mundo diferente durante quase três horas, e te fazendo sair, ao fim do filme com ele guardado para sempre num canto da sua memória.
Sendo fiel aos quadrinhos de Alan Moore, Zack Snyder utilizava-os para complementações ao filme, e até como partes do roteiro. O filme em si traz um resultado final dramático e que chama, discretamente, a atenção do espectador para o que faz de Watchmen um filme único. Esse mesmo ponto é o que pode também resultar em reclamações do público. Por ser complexo, por não trazer apenas a violência, ou as intrigas, mas sim por trazer todo um contexto como plano de fundo dando toda a base para o filme. E, com suas incríveis cenas de luta, prende mais ainda, mesmo que com um uso exagerado da câmera lenta.
Snyder tem tudo isso em mente e consegue controlar totalmente o longa-metragem do início ao fim. Ele não se preocupa em apresentar um filme mais complexo que outros que se vêem por aí, mas isso é compensado com o visual impecável que é apresentando tendo uma incrível trilha sonora contrastando, muito bem, diga-se de passagem, com cada momento. Sua introdução se torna marcante com o som de Bob Dylan em uma canção que faz referências a acontecimentos da época. (The Times, They Are a-Changin’. Dylan, Bob.)
A responsabilidade moral é um tema de destaque, e o título Watchmen refere-se à frase de um poeta romano Juvenal que viveu no século primeiro, ou segundo depois de Cristo, onde satirizava a ação dos homens que colocavam guardas para garantir que a castidade de suas mulheres fosse preservada, com a frase em latim "Quis custodiet ipsos custodes", traduzida em