Resenha crítica sobre a imagem da ciência na obra De Volta para o Futuro

Autor: Fernando César Araújo Moreira

Ao começar a assistir a obra, já é notada a aparência do cientista, pois ela é retratada da maneira mais estereotipada possível, já que o cientista possui cabelo branco, bem desarrumado e usa roupas um pouco estranhas mas essa sua aparência condiz perfeitamente com a sua personalidade, retratando com bastante humor o estilo "Cientista Maluco". Outro fato interessante é o local onde ele mora que é bem bagunçado, cheio de bugigangas, com várias invenções, desde um gigante amplificador de guitarra a uma máquina automática que serve a comida para o cachorro, dentre outras coisas incomuns. A ciência também é representada nessa trilogia, a principal área trabalhada é a Física, já que o cientista é físico doutor, que está fazendo pesquisas sobre viagens no tempo, e como esse assunto é bem complexo, é obvio que ele utiliza bastante a observação e criação de hipóteses, ou seja o método científico. O mais curioso é a sua motivação, em um diálogo o cientista confessa que ele teve a ideia de criar uma máquina que viaja no tempo, a partir de uma queda no banheiro, fazendo-o bater a cabeça e ter uma "revelação" como ele mesmo diz, que o permitiu elaborar planos para a criação da máquina. Os conceitos usados para explicar a possibilidade de viajar no tempo, não são muito científicos, estão mais para o lado surreal, e isso ocorre pois o principal foco do filme não é na ciência, mas sim no drama e na comédia. Apesar de o cientista ter desenvolvido a pesquisa sozinho, ele possui dois ajudantes, que estão mais para cobaias, que seriam o seu amigo adolescente e o seu cachorro. Apesar dessa trilogia ser uma ótima obra, com uma história bem desenvolvida e muito humor, ela acaba divulgando uma imagem errada do cientista e até da ciência em si. Pois uma pessoa que não é muito informada sobre o assunto, pode acabar tendo uma imagem que todo cientista é louco e desarrumado, e achar também que a ciência é algo extremamente simples, mostrando que