Resenha Crítica do livro Estação Carandiru de Dráuzio Varella

420 palavras 2 páginas
Estação Carandiru – Dráuzio Varella

No ano de 1989 o médico Dr. Dráuzio Varella foi gravar um vídeo sobre a AIDS na enfermaria da penitenciária de São Paulo. Lá teve o conhecimento de que havia uma grande epidemia na maior casa de detenção do país: Complexo Carandiru. No mesmo ano, ele se ofereceu para fazer um trabalho voluntário de prevenção à AIDS no presídio e foi com o apoio da Universidade Paulista/UNIP que realizou vídeos, palestras e pesquisas sobre a infestação do vírus no Carandiru. Muito mais do que o trabalho de medicina, o médico procura mostrar a realidade dentro do cárcere sem interferir com o seu ponto de vista e, sabiamente, sem ter a pretensão de julgar qualquer crime cometido, atendendo a todos igualmente, além de relatar que existem regras entre os detentos, que são cumpridas à risca, sob pena de castigos com espancamentos ou, até mesmo, pagos com a vida, tendo como base as leis por eles mesmos estabelecidas. Voltando à sua atividade como médico infectologista, Dr. Dráuzio e sua equipe constataram que “17,3% dos presos estavam infectados pelo vírus HIV e dos 82 travestis, 78% eram portadores do vírus. Sem contar que todos que estavam presos há mais de seis anos estavam infectados”. As formas de contágio eram, principalmente, o uso da cocaína injetável e os parceiros sexuais sem proteção. O médico assistiu a decadência do uso da cocaína para a ascendência do uso do crack em 1992: “Em janeiro de 1994, repetimos o estudo de prevalência feito quatro anos antes. Encontramos 13,7% dos presos infectados pelo HIV (...) A única explicação encontrada para a queda do número de infectados nos quatro anos que separaram os dois estudos foi a redução do número de usuários de droga endovenosa. Em 1998, dos 250 voluntários testados, dezoito eram HIV-positivos (7,2%).” Nos três últimos capítulos do livro Estação Carandiru, Dráuzio narra o trágico acontecimento denominado ‘matança do Carandiru’, que iniciou com um desentendimento entre

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