Resenha crítica do filme "O dia que durou 21 anos"

O filme “O dia que durou 21 anos” lançado em 29 de março de 2013, dirigido por Camilo Tavares e com entrevistas feitas por seu pai, o jornalista Flávio Tavares, preso durante a ditadura, aborda o Golpe Militar de 1964 e como os Estados Unidos da América se posicionaram em relação ao acontecimento. O tema é muito bem conduzido, revela como a nação norte-americana teve influência direta na ação do golpe de estado. Mostra que o embaixador americano Lincoln Gordon foi um grande ator na arquitetura do golpe e como conseguiu convencer os presidentes americanos, John Kennedy e Lyndon Johnson, de que o Brasil sofria fortes ameaças comunista com João Goulart no poder.
O documentário é construído em cima dessas conspirações, com relatos de pessoas que viveram e participaram desse período histórico, e professores nomeados no assunto. Possui formato didático, porém é bem instigante. Desperta a curiosidade do telespectador, faz com que ele se sinta preso a história e queira saber ainda mais. O diretor utiliza imagens reais, fotografias e uma trilha sonora que destaca o filme e o diferencia, fazendo com que seja envolvente.
O uso de tais técnicas deixa o documentário com alguns aspectos ficcionais e manipuladores, pois ainda que seja um filme que trata sobre a influência dos Estados Unidos, fica claro que é narrado sobre uma visão norte-americana, por exemplo, já que grande parte dos relatos vem de americanos. Os brasileiros ficam muito restritos a confirmar o que eles dizem e contar a experiência histórica de ter vivido tais momentos.
Contudo, ainda assim é um trabalho muito interessante e que vale a pena ser visto. O documentário narra fatos que para muitos ainda são desconhecidos, como a operação Brother Sam. Expõem a supremacia norte-americana e o poder que eles detinham dentro de outras nações, principalmente da América, pois temiam o nascimento de uma nova Cuba e um efeito dominó se mais um país caísse sobre regime comunista. E para manter sua hegemonia,