Resenha crítica da obra: Mão com esfera reflectora

289 palavras 2 páginas
A obra "Mão com esfera reflectora" criada por Escher em 1935 retrata o modo de ver dois mundos diferentes em um único lugar e ao mesmo tempo. Analogamente, pode-se dizer que o mundo contemporâneo conserva características próprias da Modernidade, ou seja, apesar de vivermos na Idade Contemporânea, ainda observamos traços Modernos em nossa sociedade. A figura de Escher pode ser analisada como uma concepção Moderna, pois apresenta traços como o antropocentrismo e a racionalidade. Esta, é evidenciada em suas principais obras, utilizando-se de conceitos matematicos para criação de figuras e formas geométricas. Enquanto que, o antropocentrismo, ou seja, o homem como centro do universo, é visto ao analisar a mão do artista segurando a esfera e observando a si mesmo de forma concêntrica. Segundo Habermas, filósofo e sociólogo alemão, estaríamos vivendo uma continuação do termo "modernidade", a qual estaria em uma nova etapa do mesmo período histórico. Na obra analisada, o reflexo do artista pode ser interpretado como a supervalorização do próprio eu, ou seja, a vaidade e o egocentrismo presente na sociedade. Além de uma maior preocupação com os bens materiais, reforçados com a ideia de acúmulo de mercadorias, não muito distante do comportamento social contemporâneo. A partir disto, podemos concluir que a sociedade atual apresenta traços da modernidade, mesmo admitindo-se características próprias. Como defendido por Habermans, seria, portanto, uma fase de desenvolvimento, pois as estruturas e relações sociais fundamentam-se em princípios modernos, como a racionalidade e a cultura de consumo. Deste modo, a figura exposta por Escher, exemplifica a continuidade da Idade Moderna e a influencia de seus princípios no comportamento atual da sociedade.

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