Resenha critica do livro “globalização: as conseqüências humanas” de zygmunt bauman
O livro resenhado chama-se “Globalização: as conseqüências humanas”, obra publicada pela primeira vez na Inglaterra, em 1998 e no Brasil, em 1999, pela editora Zahar. É composto de cinco capítulos onde o autor discorre sobre os efeitos da globalização nos sentidos sociais, culturais, históricos, geográficos e financeiros.
O primeiro capítulo fala sobre o tempo e classe. Bauman afirma que hoje, os proprietários das grandes empresas não estão mais limitados a restrições territoriais. Como não têm nenhum motivo que o façam permanecer em um determinado local se essa não for a sua vontade, nada impede que esses proprietários mudem, ao sabor de suas vontades, suas empresas de lugar em busca de lucro mais elevados. Se eles têm toda a liberdade garantida pelo seu alto poder aquisitivo, a comunidade local, ao contrário, nada pode fazer contra a mudança dessa empresa. Cabe a ela apenas lidar com as conseqüência de verem sua fonte de renda, repentinamente extinta.
A facilidade que a parte mais abastada tem de ir e vir, a qualquer momento, subverte a idéia de limites geográficos. Ora, se como disse Bauman, “a distância é um produto social que varia dependendo da velocidade com a qual pode ser vencida”, não é de se estranhar que a parte