Resenha Critica de Metamorfose
Gregor era um caixeiro viajante que sustentava sua família, sua relação era extremamente de inteira submissão, alem disso ele não sentia nenhum prazer em seu trabalho, que o obrigava a dormir em hotéis, passando assim a maior parte do tempo fora de casa e conseqüentemente longe de sua família. A empresa em que Gregor trabalhava aparece no livro representado pela figura do gerente, que se mostra frio perante a situação alem de interferir nas relações interpessoais, como também nas categorias de projeção, introjeção, identificação, recalque e no imaginário, essa invasão era o suficiente para tornar o sujeito inteligível, era assim que o personagem se sentia. Como em um modelo taylorista de trabalho, onde se vê o trabalho como produção de bens, sem um processo de criação, mas, completamente o contrario submetendo o sujeito e o definindo tão somente como homem da organização, estrangulando seus desejos. O livro ainda mostra a relação submissa de Gregor com seu pai e a repulsa da família diante de sua transformação, trás um sentimento de revolta e tristeza, já que quando produtivo era considerado um bom filho e irmão, mas após sua metamorfose torna-se um fardo, difícil para todos. Podemos perceber em suma que, as organizações não são blocos monolíticos e qualquer organização mesmo que familiar se constrói com combinações distintas no que se refere a personalidades, e que precisa existir respeito entre o diferente o que não aconteceu no caso de Gregor, o que houve ali foi uma total alienação social, causando-lhe uma profunda tristeza e a morte não só de seu corpo metamorfoseado mas também de seus sonhos.
“Não sois maquina, homem é o que sois” (C. Chaplin)