Resenha Cr Tica

Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Departamento de Psicologia
Psicologia das Organizações e do Trabalho
Prof: Ms. Alberto de Oliveira
Uelma Araújo Martins
Cultura organizacional e cultura brasileira
Fernando Motta e Miguel Caldas introduzem o tema “cultura organizacional e cultura brasileira” afirmando que os pressupostos básicos que caracterizam a cultura de uma empresa trazem a marca de seus correspondentes na cultura nacional. Diversos estudos trazidos por Fernando Motta em “Cultura e organizações no Brasil” corroboram esta afirmação, e ainda vem relatar as diferenças existentes entre as diversas nações pesquisadas. O que é bastante significativo, já que de um país para outro há costumes, crenças e valores diversos, algumas vezes parecidos com o brasileiro, outras vezes completamente diferentes, o que refletirá nos ambientes de trabalho das organizações presentes nestas nações.
A partir daí, é plausível a afirmação de Motta, de que os ciclos viciosos de comportamento dos trabalhadores são causados por crenças e valores de seu país de origem. Dentre as pesquisas trazidas pelo autor, a de Geert Hofstede (1984) foi priorizada. Hofstede descobriu que tanto administradores, como funcionários e operários podem ser situados ao longo de quatro dimensões básicas: individualismo e coletivismo, distância de poder, nível em que se evita a incerteza e masculinidade e feminilidade.
Motta trouxe os resultados do Brasil na pesquisa de Hofstede, o enquadrando nas quatro dimensões acima citadas. A visão geral deste pesquisador é refutada pelo fato da população brasileira mostrar ainda traços de sua colonização e passado escravocrata, então quando ele diz que o Brasil apresenta uma grande distância de poder, confirma o fato dos brasileiros dificilmente discutirem ou se revoltarem contra injustiças acometidas a eles por pessoas com maior poder.
Motta vem falar também, de forma interessante e correta, que o passado do Brasil como economia de extração ainda exibe seus traços