Resenha Armem Mamigonian GeoSul

A obra também faz uma análise comparativa das reações brasileiras frente a economia global, durante o período que compreende os grandes ciclos de Kondratieff. Referente ao período da fase A do primeiro Kondratieff (1790-1815), com o capitalismo industrial dominando o centro do sistema, ocorre uma diversificação e ampliação das exportações brasileiras, principalmente de algodão e couro. Durante a fase depressiva do primeiro grande ciclo (1815 – 1848), período de baixa conjuntura internacional. No Brasil predomina as ideias conservadoras, defendendo assim, o mercado interno, usando as capacidades ociosas de exportação e voltando-as para o crescimento interno do país. Na fase A do segundo Kondratieff (1848-1873), o crescimento da Divisão Internacional do Trabalho (DIT), provoca enfraquecimento dos setores ligados à substituição de importações. Apoiados pela Inglaterra, o Brasil estabelece ideias liberais e voltam a exportar. Em 1850, fazendeiros abandonam a casa-grande e se direcionam à cidade, momento que impulsiona a urbanização brasileira. Em 1873, caem os produtos brasileiros, exceto do café, porém ocorre um declínio da renda monetária, entrando deste modo, na fase B do segundo Kondratieff (1873 – 1896), significando um novo período de substituição de importações artesanais e manufatureiras, usando mão de obra escrava livre, substituição natural no interior das fazendas e substituição industrial de importações no setor têxtil. As duas primeiras décadas do século XX, ocasionou na aceleração do crescimento industrial no Brasil, juntamente com a ascensão da parte dos colonos de café à condições de pequenos proprietários rurais e dos empresários industriais imigrantes. Este período define a fase A do terceiro ciclo (1896 – 1921). Já a fase depressiva do terceiro Kondratieff (1921-1945), demarcando o fim hegemonia industrial britânica e da economia agroexportadora. Ocorreu a expansão econômica natural, favorecendo as oligarquias rurais voltadas para o