Resenha Antropologia Fim

RESENHA – “O HOMEM PÓS-MODERNO, RELIGIÃO E ÉTICA”

O texto “O homem pós-moderno, religião e ética, de Wilmar Luiz Barth, é, perfeitamente, a tradução do mundo pós-revolução industrial, que inclusive se acentuou com o avanço tecnológico durante a década de 90.
No início do texto, o autor trabalha a ideia de que o mundo atual é um novo mundo. Valores, pensamentos, ideais, formas de viver e agir se transformaram. Vivemos em um novo tempo. E esse novo foi instaurado como algo bom.
Tendo como base o livro “El hombre light”, de Enrique Rojas, o homem atual é descrito de forma minuciosa e detalhada. Para ele, a essência das coisas não importa mais. Hoje, tudo pode ser experimento, mas nada é valorizado. O ‘light’ nada mais é que uma alusão aos produtos sem calorias. Assim como nós. Consumimos e nos interessamos por tudo, mas ao mesmo tempo não nos apegamos a nada. Tudo é passageiro, instável e transitório. Hoje algo é bom, amanhã já pode não ser mais. E vice-versa.
Rojas, inclusive, trata o homem pós-moderno como vazio. Uma definição até bem rude e pesada, mas que, se analisarmos de forma consciente, não deixa de ser verdadeira. Sabemos tudo, mas isso não dá necessariamente um resultado.
A sociedade se tornou fria e sem sentimentos aguçados. Descrente. Visamos e buscamos prazer e bem-estar a qualquer custo. Além do dinheiro, claro, que é algo no qual sempre queremos, cada vez mais. Esse, talvez, seja o bem mais precioso do mundo atual. Ou melhor, perde para o tempo. Esse sim é algo raro e precioso. No entanto, não o valorizamos como deveria. Quando temos tempo livre, desperdiçamos. Lemos fofoca, vemos programas que não acrescentam em nada culturalmente, descansamos. Afinal, viver cansado é um estado. Pergunte a uma pessoa como ela está e certamente receberá um “bem cansado” em troca. É uma consequência e da industrialização.
No capítulo dois, são bem destacadas as ideologias do homem pós-moderno. Materialismo, hedonismo, relativismo, consumismo e nihilismo estão