resenha: ancora de emoções

Resenha: Âncora de Emoções, Maria Izilda Santos de Matos.

Matos, Maria Izilda Santos de. Âncora de emoções: corpos, subjetividades e sensibilidades. Bauru: Edusc, 2005.

Maria Izilda de Santos Matos graduada em História pela Universidade de São Paulo (1978), doutorado em História pela Universidade de São Paulo (1991) e pós-doutorado pela Université Lumiere Lyon 2/França (1997). Atualmente é professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, colaboradora da Universidade Estadual do Ceará e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Participou de vários outros projetos de pesquisa, é pesquisadora número um do CNPq. Em 1994 recebeu o prêmio SESI-CNI de Teses Universitárias, com o trabalho Trama e Poder, em que estuda as indústrias paulistas, entre 1890-1934. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história, música, gênero, história das mulheres e cidade. Entre suas obras destacam-se: Melodia e Sintonia: o masculino, o feminino e suas relações em Lupicínio Rodrigues e Dolores Duran: Experiências Boêmias em Copacabana.
O livro Âncora de Emoções é resultado de uma pesquisa acadêmica para a tese de doutorado da autora, a obra está centrada no discurso médico da virada do século XX, no estudo de gênero e na historicização por meio da música. A ordem médica institui o poder de assegurar a eugenia familiar e o casamento, mas, sobretudo a história do corpo surge como objeto de estudo, entretanto, deve-se salientar que o discurso da medicina estava enraizado para manutenção de uma sociedade patriarcal. O binômio medicina/igreja neste contexto histórico colabora para definir a posição da mulher como a “rainha do lar” e o homem como “provedor”.
Logo na introdução, a autora lança luz para a urgência do estudo de novos sujeitos históricos, sobretudo, em gênero e música. Essas “outras histórias” serão contempladas no decorrer da obra. Na primeira parte de Ancora de Emoções