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Karl Marx, em seu livro O Capital, se propõe a explicar a origem dos processos que constituíram a Acumulação Primitiva do Capital. Assim, Marx a partir de elementos históricos, explica os movimentos conjunturais e as leis estruturais da acumulação capitalista, retomando dessa forma, o processo de transição do sistema feudal para o sistema capitalista. Neste ponto, é importante observar, que ao contrário de alguns economistas da época de Marx, que concebiam o mesmo fenômeno histórico como algo natural e pacifico, Marx traz a tona o modo violento como se deu tal processo. Dessa forma, a partir da leitura da obra de Marx, torna-se possível observar que o nosso atual modo de produção, o capitalismo, passou por diversas fases, até que fosse instituído.
Primeiramente, o autor observa a existência de um círculo vicioso, anterior à acumulação capitalista, como condição a acumulação do capital, e como o ponto de partida do sistema capitalista: a acumulação do capital pressupõe mais-valia, e a mais-valia pressupõe a produção capitalista, que necessita de acumulação de capital.
Alem disso, Marx ressalta a existência de dois grupos antagônicos fundamentais na formação do sistema capitalista: aqueles que detêm os meios de produção; e aqueles que não detém meios de produção e que para garantir sua sobrevivência precisam vender a única coisa que possuem, a sua força de trabalho.
Portanto, durante o processo de acumulação primitiva, o grupo detentor dos meios de produção da época, acumulava riqueza e bens para conseguir instaurar o processo de industrialização na Europa. No entanto, para atingir tal objetivo, era necessário que o modelo de sociedade vigente na época – o feudalismo – fosse extinto. O modo de produção feudal era constituído por uma agricultura de subsistência, onde os moradores dos feudos trabalhavam alguns dias para si e outros em terras comuns, uma vez que precisavam pagar tributos ao senhor feudal, sendo que este, por sua vez, lhes forneciam um lugar para