resenha "1984"

O livro 1984 de George Orwell é um dos livros mais interessantes de sua autoria, pois aponta o que significa a real falta de liberdade. Aponta-se de imediato uma sociedade severamente controlada, e não só isso, mas também que o controle é exercido por uma sociedade, uma mente coletiva, que ultrapassa o indivíduo e resulta na força, e mostra a invencibilidade do partido.
Está claro que parte do controle do Ingsoc, ou grande parte dele, se dá através de um universo que atraia atenção de organizações e seus meios de comunicação. O controle sobre o que o cidadão faz, ouve e vê nas teletelas e o controle absoluto sobre a mídia, como jornais ou livros. Isso faz com que o partido possa manipular toda a verdade, eliminando qualquer prova da existência de algo ou alguém que não fosse condizente com suas intenções. Isso mostra o quão perigosa e poderosa é a mídia e quão influente ela pode ser na vida de um cidadão, comprovado no nosso dia-a-dia, como mais que um meio informativo, um meio de formação de opiniões. Mas é cômico perceber que a intenção do partido quanto à mídia é desfigurar opiniões, garantindo que nunca tenham existido.
Mas ainda, esse controle não se daria de uma forma tão poderosa se não fosse à linguagem. Nota-se a crítica ao totalitarismo, já que nesses regimes totalitários o Estado controla a mídia, corrompendo e censurando para seus próprios propósitos, tentando torna-la aceita. Essa é a característica de qualquer regime totalitário: Nazismo, facismo, comunismo russo. No totalitarismo os poderosos usavam a linguagem e a desordenavam em seu favor, transformando as palavras e dando novos significados, assim manipulando a verdade. E foi nessa base que se constituiu a “Novilíngua”.
A “Novilíngua” era apenas mais uma forma de controlar o próprio pensamento das pessoas. A partir dessa forma os pensamentos vão sendo totalmente controlados, os atos de pensar à medida que a liberdade de pensamento é retirada da sociedade. “A linguagem política destina-se a