Republica velha - aula
O mundo ainda vivia as consequências trazidas pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando o Brasil iniciava sua trajetória e história republicana. A República Velha ou Primeira República teve início em 1889, com a queda da monarquia, e significou o período entre a proclamação da república e a Revolução de 30.
A República Velha foi marcada pelas oligarquias agrárias, ou seja, pelos grandes proprietários rurais que exerciam o poder político por serem os mais ricos do país. No livro de Edgard Carone “A primeira República”, um capítulo inteiro é dedicado à organização social do período da República Velha, em que as oligarquias alcançaram seu ápice no Brasil.
No império, os grupos oligárquicos encontram um obstáculo para o controle total do governo das províncias: É o poder moderador do imperador, que permite a escolha dos presidentes provinciais. O federalismo republicano derruba esse empecilho: e as oligarquias irão atingir, então, o ápice de sua expansão. (CARONE, Edgard).
A República Velha é dividida em dois períodos: A república da Espada, momento da consolidação das instituições republicanas, e a República Oligárquica, em que as instituições foram controladas pelas oligarquias agrárias.
A República da Espada (1889-1894)
Os últimos anos do século 19 assistiram aos últimos suspiros da Monarquia, em que o longo governo de Dom Pedro II (1831-1889), enfrentou graves crises.
Os militares estavam insatisfeitos com a falta de reconhecimento após a Guerra do Paraguai, grupos abolicionistas e grandes cafeicultores paulistas viveram em conflito com o Império, até o golpe militar de 15 de novembro de 1889, que derrubou a monarquia brasileira.
No período inicial, o governo teve no poder dois militares, sendo eles os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
O governo de Deodoro da Fonseca (1889-1891)
Há quem diga que Deodoro pode ser visto como o fundador a contragosto da República