Reprodução

Reprodução Humana (I)
João Gilberto Fernandes
1- Aspectos gerais O processo reprodutivo é intrínseco aos seres vivos e garante a perpetuação da espécie. Durante a reprodução ocorre a transmissão do material genético ou hereditário e que é o responsável pela manifestação das características espécie-específicas. A espécie humana, tal como ocorre na maioria dos animais, apresenta reprodução sexuada através de um ciclo do tipo diplonte e, portanto, meiose pré-gamética. Como a maioria dos animais, a espécie humana é dióica (apresenta sexos separados) e exibe dimorfismo sexual, ou seja os indivíduos dos sexos masculino e feminino são morfologicamente distintos. Como seres diplontes, as células somáticas humanas são diplóides e têm 46 cromossomas, organizados em 23 pares de homólogos (2n=46). Os 22 primeiros pares são denominados autossomas e são idênticos entre homens e mulheres. Porém, o vigésimo terceiro par é referido como par sexual e é diferente conforme o sexo considerado, sendo responsável pela determinação do sexo do indivíduo. As mulheres têm dois cromossomas sexuais idênticos, referidos como cromossomas X (2n=44A, XX ou 2n=46,XX), enquanto que os homens apresentam um cromossoma X, idêntico ao feminino, e um cromossoma Y (2n=44A, XY ou 2n=46,XY). No cromossoma Y existe um gene masculinizante e que foi referido, antes da sua identificação, como TDF (factor determinante da formação do testículo). Atualmente já é sabido que esse gene corresponde ao SRY (região determinante do sexo do cromossoma Y) e que é responsável pela diferenciação do aparelho reprodutor embrionário em estruturas do aparelho reprodutor masculino, tal como será abordado mais adiante. Os gâmetas provêm do processo de meiose que podem ser seguidos por processos adicionais de diferenciação celular, de modo que, quando maduros, são altamente especializados para o processo de fecundação. O gâmeta masculino é o espermatozóide e é n=23. O gâmeta feminino corresponde ao oócito II e também