Representações Simbólicas

Hoje, com a rapidez e o poder da informação, as pessoas têm ao seu alcance diversas representações simbólicas que as ajudam a entender o mundo. Tais simbologias também servem como forma de sobrevivência, pois o mundo enfrenta problemas sérios como saúde, alimentação, política e economia, e uma forma de tentar esquecê-los é moldando tudo o que se vê e ouve, de acordo com sua vontade. Assim, consegue-se construir uma realidade paralela somente com figuras na qual nem sempre o significado e o significante possuem coerência.
A mídia, que é a melhor e maior forma para se transmitir informações, tem, em sua maioria, o papel de criar imagens na cabeça dos cidadãos de como o mundo é um bom lugar para se morar, embora mostre situações nas quais há falta de segurança, moradia, emprego e educação, exalta feitos como construção de estádios alegando ser uma solução aos problemas. Desta forma, a realidade torna-se mais bonita e a imaginação simbólica que é estimulada funciona como síntese equilibradora e evita a existência de algumas revoltas.
Instituições como o Governo e a Igreja tem em torno de si, a construção de imagens errôneas. Muitas pessoas pensam que, mesmo com desvios de dinheiro e corrupção, os políticos se mobilizam em prol de algo supostamente bom para o país. Como, por exemplo, no Brasil. Em 2014 acontece a Copa do Mundo em território nacional. Tem-se, entre os cidadãos, a expectativa de uma melhora significativa principalmente no transporte e na segurança e, portanto, nasce a imagem de que o Estado cumpre seu papel de investir em tais melhorias, quando, na verdade, o capital poderia contribuir de melhor maneira caso fosse aplicado diretamente.
Outra ideia que o Estado cria, é o de ser laico, fazendo as pessoas acreditarem em uma liberdade de escolha, uma vez que não há imposição de nenhuma fé religiosa, porém tais cidadãos, inconscientemente, recebem estímulos sobre no que acreditar. Nas notas de dinheiro, há a expressão "Deus seja louvado"; no calendário,