REPORTAGENS MONOPOLIO

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O monopólio do 'Sem Parar' acabou. E agora?
A empresa que por 13 anos operou sozinha no pedágio eletrônico em São Paulo agora tem concorrentes e precisa se mexer
04 de março de 2013 | 2h 08

NAIANA OSCAR - O Estado de S.Paulo

Por 13 anos, o Sem Parar, serviço de pagamento eletrônico de pedágios, reinou absoluto no Estado de São Paulo, o maior mercado do Brasil para quem quer, de alguma forma, ganhar dinheiro com o fluxo de veículos. Só no território paulista são mais de 6,4 mil quilômetros de rodovias administradas pela iniciativa privada e 15,6 milhões de automóveis.
Sozinho no Estado, com 2,1 milhões de clientes que usam o seu "chip" para não ter de entrar na fila nas praças de pedágio, o Sem Parar oferecia, até pouco tempo, apenas um plano de assinatura e nunca havia feito anúncios publicitários. O monopólio permitia coisas desse tipo. Do faturamento de R$ 513 milhões em 2012, 57% veio das rodovias paulistas. Mas a vida dos executivos da STP, empresa que controla o Sem Parar em São Paulo e as marcas Via Fácil e Onda Livre em outros nove Estados, ficou mais difícil a partir deste ano.
O primeiro concorrente começou a operar nas rodovias paulistas em janeiro. Com a bandeira Auto Expresso, a empresa fluminense DBTrans chegou ao mercado com planos pré-pagos e mensalidades mais baratas, de R$ 6 - quase metade do que a cobrada pelo Sem Parar. No restante do País esse mercado é aberto à concorrência, mas em São Paulo, dependia de uma regulamentação da agência de transportes do Estado, a Artesp.
Daqui a duas semanas, será a vez da ConectCar, uma rival que tem por trás sócios tão poderosos quanto a STP, cujos donos são os próprias concessionárias de rodovias: CCR, CCBR Catel, Ecorodovias, GSMP e OHL Brasil. A nova concorrente foi criada em agosto do ano passado a partir de uma joint venture entre Odebrecht e o grupo Ultra/Ipiranga. A ConectCar chega com um modelo de negócio diferente, de olho nos motoristas que passam eventualmente por rodovias pedagiadas e

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