Renascimento

Renascimento é o nome que se dá a um grande movimento de mudanças de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. As bases desse movimento eram proporcionadas por uma corrente filosófica reinante, o humanismo, que descartava a escolástica medieval, até então predominante, e propunha a retomada dos valores da cultura greco-romana, ou seja, da cultura clássica. Platão, Aristóteles e outros autores greco-romanos começam a ser traduzidos e rapidamente difundidos.
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg.
O movimento renascentista pode ser dividido em duas vertentes:
O Renascimento civil, ligado às cidades republicanas da Itália, dirigidas pela alta burguesia e pela nobreza mercantil. Os temas eram mais relacionados com a realidade burguesa, muitas vezes retratando cenas e personagens do cotidiano. A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida nas grandes cidades comerciais italianas do período, onde a intensa circulação de riquezas e idéias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, exemplo os Medici e os Sforza, que realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas.
Renascimento cortesão, floresceu nos Estados principescos, onde o mecenato se restringia praticamente aos governantes; neste caso, os temas estavam mais relacionados com os interesses dos príncipes, sendo freqüentes os assuntos mitológicos.

Humanismo: antes que um corpo filosófico, é um método de aprendizado que faz uso da razão individual e da evidência empírica para chegar às suas conclusões, paralelamente à consulta aos textos originais, ao contrário da escolástica medieval, que se limitava ao debate das