Renascimento Urbano

Renascimento Urbano
No final da Idade Média (entre os séculos XIII e XV), a Europa passou por transformações sociais, econômicas e políticas de grande relevância. O fortalecimento do comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o desenvolvimento e surgimento de muitas cidades. Portanto, nos séculos XIV e XV, a Europa passou por um importante processo de êxodo rural (saída das pessoas do campo para as cidades).
Logo o Renascimento Urbano foi o marco do crescimento de várias cidades europeias, num período conhecido como baixa idade média. No feudalismo, as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares além de serem ligadas ao feudo. Com o crescimento delas que só começaram a surgir quando o comércio se expandiu, a partir da decadência do modelo feudal. No início, a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, fazendo assim um núcleo urbano, chamado burgo. Mas com o aumento da população os burgos ultrapassaram os limites das muralhas. Com isso, os habitantes dos burgos passaram a ser os comerciantes e artesãos, também chamados de burgueses. Com o desenvolvimento do comércio e do artesanato, muitos burgueses enriqueceram e queriam se ver livres dos laços dos senhores feudais. Os grandes comerciantes vendiam produtos originários de outras regiões, como a seda da Itália, a lã das cidades flamengas e as especiarias do Oriente. Esses mercadores opulentos formavam a alta burguesia (ou, como se dizia na época, o patriciado urbano). Organizavam-se em associações denominadas guildas e possuíam o monopólio do grande comércio.
As cidades tinham recebido prestígio econômico e poder, e os burgueses começaram a se mexer a procura de sua autonomia em relação ao feudo. Esse movimento de independência das cidades é chamado de movimento comunal, que serviu de base para o processo de emancipação de algumas cidades. A emancipação poderia ocorrer de duas maneiras: ou por via pacífica, pagando-se ao senhor feudal; ou pelo uso das armas, através de combate.