Relações exteriores do Brasil 1939 – 1950

Relações exteriores do Brasil 1939 – 1950 - Gerson Moura

O Brasil no seu período pós independencia mantinha um vinculo muito forte com a Grã Bretanha, tanto político quanto economico. Com o término da Primeira Guerra Mundial, enquanto o comércio e os investimentos britanicos entravam em declinio, os EUA entravam em cena, preenchendo esse espaço que ficara vazio.
Em 1929, os EUA já haviam se tornado o principal parceiro economico brasileiro, e isso se deu graças a uma politica de redução da influencia europeia que foi fortemente apoiada pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Barão do Rio Branco. Com a crescente relação entre esses países, a crise de 29 não poderia deixar de ter efeitos no Brasil, como crescimento de movimentos sociais organizados em moldes socialistas e fascistas ; depressão economica e revolução politica.
Nem todos os países foram fortemente afetados pela crise, Gra Bretanha e França por exemplo, tinham moedas fortes e colonias, logo foram capazes de “aguentar”melhor a crise. Já outras potencias, que não possuiam os mesmos recursos, tiveram que buscar outras formas de conseguir “autossuficiencia” economica.
Após a Primeira Guerra Mundial, a ideia de “equilibrio de poder” havia mudado. A partir desse momento, as novas potências buscavam conquistar áreas de influencia, e as antigas potencias tentavam impedir seus declínios. Foi nessa circunstancia que surgiu uma maior preocupação dos Estados Unidos em expandir sua atuação na America Latina, aproveitando que as potencias europeias haviam perdido espaço. Nesse contexto, essa região era cenario de disputa politica e ideologica, e também, disputa de mercado.
Os interesses alemães na America Latina, especialmente no Brasil, tinham principalmente natureza comercial; importavam matérias primas e alimentos e exportavam principalmente bens industrializados. A Alemanha também tentava exercer influencia politica e ideologica, através dos consulados, das escolas, serviços de propaganda e