Relatório

Os negros que viviam no Brasil eram escravos trazidos da Africa. Esses, por sua vez, tinham filhos, que também se tornavam escravos para trabalhar nas lavouras, engenhos de cana de açúcar e cultivos de café. Meninos de 10 ou 12 anos trabalhavam como condutores de carros de boi, transportando cana do canavial para a casa de moenda do engenho. Para concluir as tarefas com mais rapidez os pais levavam os filhos mais crescidos para ajuda-los na lavoura. As crianças menores também não estavam isentas de trabalho. Tarefas domesticas realizadas nas casas dos senhores, cultivo de alimento e a caça de animais silvestres podiam ocupa-las durante todo o dia. Para os agricultores era vantajoso, pois era mão de obra barata, só gastavam com alimentos e caso os escravos fossem desobedientes castigava-os severamente, na maioria das vezes, um castigo desumano. Alguns negros fugiam das fazendas de seus senhores e formavam os quilombos, que eram grandes comunidades de escravos escondidas no meio da mata fechada.
Os primeiros negros a serem livres por direito no Brasil, foram libertos pela compra de cartas de alforria, documento que declarava o escravo livre. Porém, esses ex-escravos ficavam contra o governo, por suas condições de vida sub-humanas, sem dinheiro, estudo, vivendo a margem da sociedade, o que os levava aceitar trabalhos tão ruins quanto o escravizado. Foram surgindo às leis contra a escravidão como a lei do sexagenário que declarava livre todo escravo acima de 60 anos, porém, a expectativa de vida de um escravo era de 40 anos, e a lei do ventre livre. Em 1888, os escravos foram livres pela lei Aurea, assinada pela princesa Isabel. Contudo, a vida desses escravos ficou tão difícil quanto a dos primeiros que foram libertos pela carta de alforria. Por serem historicamente pobres, escravizados, e vistos como escoria da sociedade, os negros sofrem preconceitos até o dia de hoje.