Relatório sobre o conto “só vim telefonar” de gabriel gracía márquez

Todo ser humano tem uma determinada forma de encher e transformar o mundo conforme suas necessidades, por isso que cada um faz amizades e conversa com pessoas que são parecidas na mesma forma de pensar e ver o mundo. E, algumas vezes, seja em uma notícia no jornal, um livro ou novela, um determinado personagem, que retrata uma pessoa comum, com comportamento e idéias diferentes daqueles que são ditos e reforçados como “normais” essa pessoa/personagem é considerada “anormal” e/ou louca. Até porque é bem mais fácil esconder anular e controlar aqueles que não estão realizando as tarefas da forma que é “solicitada” pelo sistema. E essa poda ocorre desde pequeno “... a criança ao falar reproduz a visão de mundo de seu grupo social, assim como a ideologia que permeia e mantém as relações sociais desse grupo, e é levada a agir de forma a não perturbar a “ordem vigente”, caso contrário ela será considerada um “anormal”, um “marginal”, e como tal afastada do convívio social.”² Assim podemos também verificar o quanto algo simples como a tomar um ônibus em busca de um telefone como ocorreu com a personagem Maria de La Luz de Gabriel García Márquez no conto “Só vim telefonar”. María em um dia de chuva está em seu carro quando o mesmo quebrou e estava em busca de um telefone para avisar seu esposo que iria se atrasar, mas por ironia de destino um ônibus, que estava a caminho de um hospício, passou e Maria solicitou carona. Ela não sabia o destino d ônibus, mas na situação ao qual se encontrava ele foi uma alternativa para seu caso, ao chegar ao local Maria foi solicitando um telefone, mas claro, ninguém lhe atendeu a seu pedido - até porque uma pessoa em um ônibus com sentido a um hospício em busca de um aparelho telefone – e a mesma foi considerada uma interna como as outras moças que encontravam – se com ela no ônibus. O discurso de María só vim telefonar “pode significar duas coisas: ou está em pleno delírio, ou que está tentando uma estratagema ingênuo para fugir do