Relatório de aula

Processo Civil V
AULA 1 – Execução em geral

Primeira parte: exposição do conteúdo (em sala de aula)
1. Introdução:
- Execução na atualidade (Didier define o ato de executar como aquele de satisfazer uma prestação devida. Assim, pode ser a execução espontânea, quando o devedor cumpre voluntariamente a prestação, ou forçada, quando o cumprimento da prestação é obtido pro meio da prática de atos executivos pelo Estado. É sabido que as Leis 11.232/05 e 11.382/06 alteraram em grande medida o processo de execução no Brasil. O CPC é dividido em cinco livros, sendo o segundo inteiramente dedicado ao processo de execução, seja ele fundado em título judicial ou extrajudicial. O legislador do Código considerou o processo de execução alguma coisa autônoma, inclusive quando fundado em título judicial, e tratou dele no Livro II, regulando-lhe o procedimento – a execução como ação autônoma, que por muito tempo prevaleceu entre nós, é trazida do Direito Romano, lembra-nos Humberto Theodoro Júnior. Até a edição das leis supracitadas não havia diferença substancial entre o procedimento da execução por título judicial ou extrajudicial; era sempre processo autônomo, que exigia a citação do devedor. No entanto, a Lei 11.232/05 alterou a sistemática originária: deixou de existir um processo autônomo de execução, quando fundado em título executivo judicial, exceto nos casos de sentença arbitral, estrangeira ou penal condenatória. A execução passou a ser apenas fase de um todo, composto ainda pela fase cognitiva precedente. Não se fala mais em processo de execução por título judicial, mas, sim, fase de cumprimento de sentença. Todas as modificações trazidas pelas leis de 2005 e 2006, supracitadas, foram no sentido de perseguir, cada vez mais, a efetivação do processo, no sentido de ver mais e mais respeitados os princípios constitucionais do devido processo legal e da duração razoável do processo, salienta Humberto Theodoro Júnior. Pela sistemática anterior era possível perceber,