Relatório baseado no filme ''Lutero'', ''O Nome da Rosa'' e o movimento Barroco
Após a divulgação do conjunto de 95 teses escrita por Martinho Lutero que denunciava as indulgências como práticas de corrupção da igreja católica, ocorreu uma grande disputa entre as visões teocêntricas e antropocêntricas na Europa, levando o homem a questionar seus valores e sua forma de vida, já que a Igreja Católica não respondia mais a todas as questões.
Nesse contexto, a reação católica para conter a agitação foi criar a Contrarreforma que possuía algumas medidas, como a santa inquisição que tentava exterminar todos os princípios que fossem de encontro à igreja. Lutero acreditava numa possível salvação fora da igreja, mas não fora de Cristo. Sendo assim, a igreja perdia cada vez o seu prestígio e as ideias luteranas se espalhavam resultando na Reforma Protestante, o que é desenvolvido no filme ''Lutero''.
No filme ''O Nome da Rosa'', o monge franciscano representa o antropocentrismo, que através da dúvida e do questionamento consegue desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro. No mosteiro existe uma biblioteca onde o acesso é restrito, porque nela há livros vetados aos católicos (especialmente os textos de Aristóteles), e que podem ameaçar a doutrina cristã, a comédia foi um dos tipos de texto vetado para que as pessoas não perdessem o temor a Deus, medida adotada também pela Contrarreforma. O local é visitado pelo o Inquisidor Bernardo Gui que está determinado a erradicar a heresia através da tortura e acaba debatendo os princípios da igreja com os do monge.
Assim como nos filmes, o movimento barroco traz a tensão gerada pela tentativa de unir as visões antropocêntrica e teocêntrica, tendo como marca o tormento do ser humano pelas duvidas e questionamentos que os cercam, a atração da atenção da nobreza e da aristocracia, que viam no estilo possibilidades engrandecimento e a maneira de representar um mundo instável baseado no estado emocional humano.