Relatos Da 1 Guerra Mundial
1038 palavras
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"De repente, uns silvos estridentes nos precipitaram ao chão, apavorados. A rajada acaba de estalar sobre nós. Os homens, de joelhos, encolhidos, com a mochila sobre a cabeça e encurvando as costas, se apegavam uns aos outros. Por baixo da mochila dou uma espiada nos meus vizinhos: arquejantes, sacudidos por tremores nervosos e com a boca contraída numa contração terrível, batiam os dentes e, com a cabeça abaixada, tem o aspecto de condenados oferecendo a cabeça aos carrascos. Esta espera da morte é terrível. O cabo, que havia perdido seu capacete, me diz: rapaz, se soubesse que isso era a guerra e que vai ser assim todos os dias, prefiro que me matem logo. (...) Na sua alegre inconsciência, a maioria dos meus camaradas não havia jamais refletido sobre os horrores da guerra e não viam a batalha senão pelas cores patrióticas: desde nossa saída de Paris, o Boletim do Exército nos conservava na inocente ilusão da guerra ser um passeio e todos acreditavam na história dos boches se renderem aos magotes.
(...) A explosão daquele instante, sacudiu nosso sistema nervoso, que não esperava por isso, e nos fez compreender que a luta que começava seria uma prova terrível. Escute meu tenente, parece que se defendem estes porcos!" ______________________________________________________________________ "Na pradaria avança uma companhia de atiradores... os homens dobrados em dois com a mochila nas costas e o fuzil nas mãos, correm pesadamente para jogarse ao chão e seguir ao primeiro sinal. Um deles para próximo a mim, sua cara de camponês repentinamente transformase numa careta dolorosa e, continuando a correr, levanta o braço em cujo extremo esta pendente a mão esfacelada com os dedos atorados pela metade, efeito de uma bala... os