relatorio

Estética e História da Arte I Relatório Sobre o Passeio no Museu MARGS
Caroline Soares Rodrigues
Professora: Maria Cristina Ferrony

Eu escolhi o trabalho da artista Bina Monteiro, no qual está retratado o rosto de Frida Kahlo, famosa e brilhante artista mexicana. A obra é composta por materiais recicláveis, gerando uma mistura de cores com tons agradáveis e expressivos. Esta obra não é apenas um aproveitamento de materiais, evidentemente, e sim, uma mistura de composições físicas que transmitem várias leituras através do olhar. Percebe-se um grito de alerta do futuro ou de socorro do presente nos quadrados que simulam pixels. A obra é tão irreverente e moderna que acho patético fazer uma descrição certinha e realista. A obra não esboça, de perto, contornos, nem beleza como uma Monalisa. Ela mostra um rosto disforme, de perto ou de longe, enquadrado, encaixotado, no ritmo acelerado do nosso século perversamente globalizado. São os picotes que poderiam comercializar em massa, reunidos na expressão de uma coisa só. Frida por não ser o ideal estético de hoje, por que não temos medo da primeira pessoa, não temos medo de nós mesmos, de nos encarar. Somos como Frida, não temos medo de expor-nos. Aqui estou eu, nesse quadro, quadrado, composto de quadrados, um riso quadrado, um olhar quadrado, uma boca quadrada. Tudo está padronizado. A arte pede socorro. A arte sempre será escândalo, sempre será vanguarda, precursora, e por muitos, considerada aberraç ão. Tente me entender, tente me ver, não chegue perto, me mire de longe, me fite de longe, me entenda de longe, me componha. Chamo-me Frida, ou qualquer marginal, qualquer maldita, qualquer quadrado. Quero escapar, eu olho firme, mas do quadrado, não escapo. Quase como um poema, o paragrafo acima narra meu sentimento com o quadro, o que acho que ele fala, então nada melhor do que expormos a nossa fala na boca dele. O que falta nas academias é justamente o movimento