Relatorio
As respostas negativas às perguntas acima são dadas por poderosas indústrias, sejam elas fabricantes de celulares ou de cigarros, e por cientistas muito bem pagos. As respostas afirmativas, que demoram a serem ouvidas pela massa consumidora – e sofredora – vêm de várias fontes, todas, aparentemente, interessadas em salvar vidas, mesmo que para isso tenham que lutar contra moinhos de ventos.
No caso do celular, a resposta mais notável, no momento, se encontra no livro “Disconnect”, lançado há mais de dois meses nos Estados Unidos e que ainda não interessou a nenhuma editora neste país dos tucanos em que, ao que se diz, o número de celulares já é quase o mesmo de habitantes.
Por motivos óbvios, o assunto não interessa ao Governo Lula e nem à oposição. Esta, quando no governo, nos tempos de Fernando Henrique Cardoso, criou as condições para que empresas privadas, sobretudo multinacionais, espalhassem por nossos campos e cidades esses brinquedinhos, hoje os preferidos de adultos e crianças. E o presidente Lula, se não pode se declarar o orgulhoso pai do celular, ele o embalou carinhosamente, com certeza. Foi no seu governo que a praga – ops! o benefício – se alastrou mais rápido que fogo em pasto seco. Qualquer que seja a idade do usuário e sua condição financeira, ele parece estar trocando o vício do cigarro – que este, agora sem qualquer dúvida, causa câncer, até o Ministério da Saúde adverte – pelo do celular, que ainda não começou, notavelmente, a matar uns e outros.
É só esperar mais um pouco, adverte a epidemiologista norte-americana Devra Davis, autora de “Disconnect”. Seu livro foi lançado três meses depois que a Organização