RELATORIO Novorecife

839 palavras 4 páginas
“Um povo sem memória é um povo sem identidade.” O documentário trata das contradições do projeto Novo Recife, que planeja a construção de torres dentro de uma área histórica da cidade. A construção está sendo contestada em diversos processos na Justiça e foi duramente criticada pelo Ministério Público e profissionais de urbanismo. O movimento Ocupe Estelita realiza diversos atos online e offline, como as atividades de ocupação, e fazem pressão para que o futuro urbanístico da cidade seja discutido. Não só em relação ao Cais José Estelita, mas em relação a outros espaços públicos. O consócio de construtoras responsável pela obra diz que os prédios terão “uso misto e áreas públicas”. Leonardo Cisneiros, filósofo e um dos integrantes do grupo Direitos Urbanos, afirma que o movimento não é a favor do abandono da área, mas que a construção deve ser melhor discutida pela sociedade civil. O mais substantivo sinal de que a resistência a esse processo está pendendo para o lado da democracia foi o recuo da Prefeitura da Cidade do Recife, que suspendeu o alvará de demolição dos galpões do cais. Isso aconteceu durante reunião convocada pelo prefeito Geraldo Júlio com reitores das principais universidades do Estado, com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, e com integrantes do Movimento #OcupeEstelita e do grupo Direitos Urbanos (DU). Embora a suspensão do alvará seja uma vitória parcial, o empenho dos movimentos e das diversas instituições contrárias ao Projeto Novo Recife é a anulação do processo administrativo que o aprovou. A pressão popular fez com que a prefeitura da cidade e o Projeto Novo Recife, responsável pela construção do condomínio de alto padrão, alterassem os planos. A principal mudança foi na altura das 12 torres, que passaram de 117 metros cada, para uma altura escalonada, com edifícios entre 12 e 40 andares. Segundo o projeto, a construção agora

Relacionados