RELATO DE ESTAGIO PSICANALITICO

RELATO DE OBSERVAÇÃO

Na instituição onde realizei o estágio de supervisão, presenciei um fato que tem uma relação direta com o que Donald Winnicot denominou de Self Verdadeiro e Self Falso, assim como mencionei anteriormente na pagina (*). Sendo assim, as crianças não possuem ou ainda, não estruturaram o seu lado do falso self dentro de si. Ou seja, na fase que a criança observada se encontra, essa criança ainda é totalmente verdadeira em suas reações. Com isso a criança fica frágil e debilitada, não tolerando assim, restrições na maioria das circunstâncias. Isso ocorre por que, a criança em questão, ainda não pode contar com o amparo de um falso self pra proteger o seu verdadeiro eu das ações e reações do mundo externo. A partir daí, o que eu pude observar foi:
Uma criança estava fazendo um desenho quando ela sentiu a necessidade de apontar o lápis que estava utilizando. Ela então, apontou o seu lápis e jogou os detritos do apontador em sua mesa, e em seguida jogou os mesmos no chão. Após se levantar foi em direção à porta apanhando uma vassoura. Foi então que, a coleguinha de sala pegou uma pá para ajudar. Enquanto ela empurrava os detritos do lápis para a pá, que a coleguinha estava segurando, a sua coleguinha juntava todos os detritos na pá e jogava no chão novamente. Esse processo foi feito repetidas vezes, até que menina que estava desenhando começou a chorar por conta da atitude da coleguinha. Logo, eu cheguei a conclusão de que a criança realmente quando não tem seu falso self definitivamente desenvolvido ela fica frágil, exposta e acaba não tolerando até as circunstâncias mais simples e fúteis que está submetida.
Também foi possível observar a disputa por objetos transicionais entre meninas e meninos. Sendo que neste mesmo período observei parte da Fase Fálica junto aos processos e os princípios do funcionamento mental. A partir daí o que eu pude observar dentro da instituição foi:
Que existe uma grande parte, se não a maioria das crianças que tem