Relat rio

Análises de Estabilidade

Geologia de Engenharia – 2007/2008

Nota Introdutória
As situações de instabilidade em taludes, não podem ser observadas de modo linear e metódico. Deve-se ter presente que em Engenharia Civil, todos os actos e medidas de segurança tomadas de modo a garantir a integridade da população necessitam de ser encaradas com um certo grau de risco previsto antes de qualquer construção. Portanto, ao fazer qualquer estudo ligado a segurança de uma obra devemos pensar que as informações obtidas por observação ou por ensaios nunca são absolutas; pelo contrário variam constantemente devido a milhares de factores externos ou internos a um dado problema.
Para verificar o risco que se corre na situação de estabilidade de um talude, devemos então ter presentes que o cálculo do factor de segurança ou coeficiente de segurança (FS) pode em muitas vezes não ser a melhor alternativa para se avaliar este tipo de riscos, e que outros tipos de análise podem ser a melhor alternativa.

1. RECOLHA DOS DADOS
Sabemos através do estudo feito anteriormente com base em projecções estereográficas que, do posicionamento dos taludes com relação as famílias de descontinuidades presentes no maciço rochoso resultavam situações de instabilidade. Vamos por isso agora analisar do ponto de vista do risco e da segurança essas situações para os casos de deslizamento planar e em cunha, ignorando portanto a família para a qual se dava a situação de “toppling”. Do tratamento dessas informações obteve-se a seguinte disposição de famílias e respectivo talude, bem como todos os dados necessários a realização de um estudo com base no factor de segurança: Valores médios das atitudes
Azimute (αd)
Talude
Descontinuidade A
Descontinuidade B
Descontinuidade C

345
360
067
290

º
º
º
º

Pendor (βd)
72
49
61
71

º
º
º
º

σ
(68.26%)
5.05 º
9.83 º
9.41 º

Valores médios de interesse
Peso Volúmico da rocha (γs)
26.0 KN/m3
Peso Volúmico da água (γw)
9.8 KN/m3
Upper Face (Pendor da
10 º
superfície)