Relat Rio

Imagens do ocidente nos séculos XVI, XVII, XVIII.

O palestrante destaca já no inicio da palestra qual é o tema central do seu discurso. Trata-se da busca de uma analise documental feita pelo historiador de maneira solida e embasada, onde este conhece a trajetória do documento que servira de base para sua interpretação histórica.
Boschi destaca a necessidade de redescoberta dos arquivos, trazendo à tona a premissa de que os arquivos têm uma trajetória e que sem alguns conhecimentos prévios o historiador pode cometer erros ao analisar os documentos. “Não se pode desconhecer a forma de como foi feito o documento” diz Boschi. Diz ainda que se deve perguntar: como, quando e porque foram feitos tais documentos.
Cita ainda casos no qual os arquivos são organizados como peças harmônicas, no entanto não possuem organicidade e foram em algum momento juntas em uma só estrutura. Cita o caso de um bibliotecário que após um usuário ter utilizado um documento, não o devolve para sua “caixa” de origem, cria outra que se encontra em um lugar mais acessível. Cita ainda a coleção casa dos contos como um exemplo de compilação com problemas de organicidade.
Comenta que há diversos trabalhos acadêmicos na qual há confusão com terminologia das palavras, ele expõe o exemplo da palavra consulta que diferente do sentido atual, representava um parecer. Esta palavra está muitas vezes ligada a governos ou regentes que fazem então esta consulta.
Conta sobre um contexto de vivencia própria. Os problemas enfrentados pelo projeto resgate, onde é difícil discernir entre dois diferentes órgãos portugueses nos quais os documentos se encontram. Estabelece ainda outro ponto que é o desconhecimento do historiador em diversos casos das razoes internas das instituições produtoras desses documentos. Assim como a grande diferenciação do volume de documentos encontrados em relação as diferentes capitanias hereditárias.